A balança comercial do setor florestal brasileiro fechou o primeiro trimestre deste ano com saldo positivo de US$ 3,2 bilhões, alta de 1,5% sobre o resultado do mesmo período de 2023, segundo mostra o Mosaico Ibá, boletim produzido pela Indústria Brasileira de Árvores. Mesmo a celulose seguindo como o principal produto de exportação, as vendas externas de painéis de madeira foram o grande destaque no período.
O setor de árvores cultivadas é, atualmente, um dos motores da economia brasileira, com 4,4% de participação no total de exportações do país no primeiro trimestre deste ano, além de ser o quarto item da pauta de exportações do pujante agro brasileiro. Nos três primeiros meses de 2024, sua participação foi de 9,2% do total vendido ao exterior pelo agronegócio.
Em termos de produção, o Brasil registrou 6,3 milhões de toneladas de celulose no primeiro trimestre, alta de 3,6% na comparação sazonal. No mesmo período de comparação, a produção de papel chegou em 2,8 milhões de toneladas ao final de março, alta de 6,1%, com crescimento das exportações em 24,5%. Destaque para o papel para embalagem, cuja produção teve alta de 10,4%.
No setor de painéis de madeira, as exportações tiveram uma forte alta entre janeiro e março deste ano, chegando a 369 mil m³ enviados para fora do país, 57% a mais que o mesmo período de 2023. As vendas domésticas também cresceram, 10,4%, com 1,8 milhão m³.
O principal mercado comprador de produtos florestais brasileiros segue sendo a China, o maior destino da celulose nacional, bem à frente de Europa e América do Norte. O gigante asiático comprou US$ 1 bilhão, sendo 95% do montante em celulose. A China manteve suas compras de celulose estáveis, mas aumentou a compra de papel em 270% e de painéis de madeira em 139%